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Sobre meu amor ao Marcus

  • Táb
  • 8 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Hoje me deu coragem para lembrar da primeira vez que me apaixonei:

Eu tinha 4 anos e precisei ir ao dentista tirar os bichinhos do dente causados pelo direito de dormir tomando mamadeira. Dr. Márcio tinha um nariz empinado e o rosto quadrado e ao contrário dos outros dentistas o qual eu já tinha ido, ele não me deu bala, nem doces ao final da consulta.

Ele disse que tinha que ter coerência e piscou para mim. Foi a primeira vez que escutei aquela palavra e que alguém piscou para mim. E então achei aquela palavra inteligentíssima e associei o amor a coerência. Tão logo, percebi que se eu tinha 4 e ele 40 seria bem difícil manter um amor coerente e tratei então de esquecê-lo.

Logo depois aos 6 anos me apaixonei pelo Lucas: 6 aninhos, cabelo surfista, nenhuma prancha. Menino de coração docílimo. Então percebi que o amor era assim: coerente e doce. Em seguida ficamos banguelas e o encantamento acabou.

Aos 8, eu amava o Ulisses. Engraçadíssimo e cheio de bom humor. Aos 9, o João que era todo valente, fazia declarações para a Bruna, sem medo de parecer ridículo (sim, era dela que ele gostava ).

Então, no quebra-cabeça do amor eu já tinha: coerência, doçura, bom humor e paixão.

Aos 10, eu amava o Bruno. A gente era muito amigo e conversava bastante sobre vários assuntos da vida. Ele também gostava muito das minhas irmãs e na hora do recreio rolava aquele papo em família.

Mais duas novas peças, e ainda num mesmo sujeito: ser um bom amigo, amar sua família. A formatura da quarta série nos separou para sempre. E tudo bem...

Aos 13 anos, me apaixonei pelo Marcelo. A gente ia dançar a quadrilha juntos, mas eu descobri que ele ia querer um beijo. Então logo tratei de espalhar que não dava.

Meu pai já tinha dito que beijo só depois do namoro e namoro só depois dos 18, então que ele me esperasse. Não me esperou: na festa junina beijou minha melhor amiga e essa foi a peça mais pesada para meu quebra-cabeças: traição. Homem não podia ser canalha, nem traíra e no amor não podia existir cornos, chifres e acho que talvez nem melhor amiga... Essa experiência me encheu de aprendizado.

Aos 14... Bom, a partir daqui não dá para colocar nomes. Meus ex-amores tem redes sociais e já começa a ficar chato um texto cheio de fofocas.

Mas o importante é que aqui colecionei novas peças para meu quebra-cabeças: umas coloridas, outras meio cinzas. Todas sem sucesso.

E um dia farta de pedaços, vi o amor sorrir para mim. Inteiro. Pleno: doce, bem-humorado, meu amigo, amigo da minha família, apaixonado, valente, nada de canalhices e um poço de fofura, que veio de bônus. Então entendi o que o Dr. Márcio quis dizer sobre coerência. Olhei para o céu, pisquei para Deus e disse: obrigada!

"Tudo que se foi vivido me preparou pra você Não se ofenda com meus amores de antes Todos tornaram-se ponte pra que eu chegasse a você" Te amo, Marcus...Hoje e sempre ♥♥♥

"Não desperteis nem perturbeis o amor, antes que ele o queira (Cânticos: 8:4)

 
 
 

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Quatro irmãs que viveram a vida inteira dividindo um quarto incrível. Cheios de histórias, experiências, dicas. E que agora se recusam a aceitar a ideia de viver longe umas das outras...

 

o quarto agora é virtual.

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